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Name: Allec Ribeiro.
Age: 21 years old.
Birthday: 08/06/1991.
Bio: I like videogames and old anime.

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[3/15/2013]


(Not a daily drabble, but a continuation to the Bravado story; comes in three parts.)


GALRASIA, o mundo perdido. Pouco sabiam sobre o lugar: não eram um grupo organizado, e estavam mais preocupados com os perigos da tempestade rubra do que com alguns dinossauros ou com a origem da druida Lisandra — um grande engano. Depois da grande batalha, foram carregados pela onda causada pela explosão na Bravado, que agora se perdia no horizonte, embora ainda pudessem ouvir os berros de ódio do capitão. Somaliendiel imaginou se o homem os perseguiria; certamente seria muito mais inteligente esperar que voltassem com os tais tesouros do que os perseguir por uma ilha como aquela, especialmente considerando que grande parte de sua tripulação estava morta ou gravemente ferida, não?

Decidiu não pensar mais no assunto.

Estavam em uma importante missão: investigar os boatos de aberrações lefeu entre a fauna de Galrasia e localizar uma área de Tormenta, se houver. Uma missão que, na opinião do elfo, deveria estar nas mãos de um grupo mais competente do que aquele. Sim, houve um teste (caçar goblinóides, desafiar masmorras, derrotar um meio-dragão, tudo em um sonho conjurado por seu empregador), mas era muita sorte terem passado, quando se odiavam tanto, quando sequer sabiam agir como um grupo, quando a guerreira berserker e sua irmã atacavam qualquer coisa que se movia, o cigano atirava suas facas e se escondia, o guerreiro perdia o controle sobre o seu estranho braço ou simplesmente apanhava demais. Desde então, o guerreiro e o cigano haviam provado seu valor, mas estavam longe de ser um bom grupo e provavelmente jamais seriam, pois as meretrizes também haviam mostrado suas cores.

É claro, ao perceber o guerreiro, ainda coberto de sangue, descansando sobre o ombro do cigano, soube que suas chances de abandonar o grupo estavam perdidas.

Olhou novamente para encosta do mundo perdido, da qual se aproximavam cada vez através dos remos da guerreira, e o que viu foi preocupante: um rochedo alto maltratado pelas constantes ondas e muitas árvores formando uma mata fechada, que o impedia de ver o que estava mais para frente. Ao menos o rochedo era pontuado por grandes raízes que poderiam usar para escalar, mas o que os aguardava em seu topo?

— Ouvi falar — disse o cigano de repente — que muitos selakos nadam pelas águas do Mar Negro.

— Sim — concordou o elfo. — É por esse motivo que nadar não é uma opção; selakos estão sempre com fome, e nosso sangue os atrairia em segundos.

Kiraf coçou a cabeça, confuso, porque geralmente era mais complicado conversar com aquele garoto, mas decidiu que aproveitaria a situação:

— Ah... e você estava olhando praquele lado com tanta concentração por quê?

— É que estamos chegando em Galrasia por um lado ruim, — explicou o elfo, — e como está escurecendo, imagino que apenas eu possa ver qualquer coisa naquela direção; suspeito que nosso estimado capitão pretendesse dar a volta na ilha para encontrar uma praia, pois vejo apenas um rochedo.

— Dá pra escalar, pelo menos? — perguntou a meia-elfa.

— Sim, mas...

— Mas e os nossos mantimentos? — interrompeu o cigano. Somaliendiel olhou para os dois caixotes que o companheiro havia preparado enquanto o resto do grupo lutava e percebeu que continuava bastante impressionado, ainda que ambos ainda estivessem fechados; abriu um: cordas, tecidos, algumas pedras de amolar e... e flechas. Quando olhou para o cigano, as sobrancelhas erguidas em surpresa e gratidão, ele apenas deu de ombros.

Já no segundo caixote, frutas, pães e carne preservada, enrolada por algumas camadas de pano. Coisas que não durariam três noites, mas melhor do que nada.

— Com essas cordas, talvez eu possa prender o bote na encosta. É melhor do que não ter plano nenhum para deixar a ilha, não acham?

— Decerto aquele capitão vai aparecer se sairmos daqui de barco, — disse a meia-elfa, — o melhor seria arrumar alguma magia de teleporte. Escuta, cigano, você não tinha ganho uma daquele velho?

— Era um pergaminho com um único uso, — respondeu o cigano, e a meia-elfa praguejou algo sobre seu empregador ser um imprestável, — mas acho que aquela maga conhece a magia, e ela falou que viria quando terminasse sua pesquisa sobre a ilha.

— É melhor não depender daquela peituda que mal conhecemos — concluiu a meia-elfa.

Somaliendiel riu:

— Porque aqui somos todos grandes amigos. De qualquer forma, a maga estava com a ideia certa, deveríamos mesmo ter pesquisado sobre este lugar antes de ter aceitado a missão; agora, não sabemos por onde começar a busca ou mesmo o que comer aqui.

— Simples! — berrou a guerreira, entusiasmada. — Derrubamos um dinossauro e colocamos ele no prato, não vejo o que tem de mais pra saber.
— Então está decidido que você fica responsável por caçar os dinossauros. Quanto ao problema original: amarramos o bote ou não?

— As ondas provavelmente vão acabar com ele. Digo para guardamos a corda pra coisas mais importantes, tipo a escalada agora — opinou a meia-elfa.

— Concordo com ela — disse o cigano.

— Pra mim tanto faz, — a guerreira deu de ombros, — vamos de uma vez.

E assim, foram. Somaliendiel saltou do bote, com seus movimentos precisos, terminou a escalada em segundos. Do topo, atirou uma pouco da corda — amarrada com segurança em uma árvore — para que a guerreira pudesse subir com Kiros nas costas. Já o cigano e a meia-elfa carregaram os caixotes de suprimentos, um preso por uma infinidade de tecidos, o outro simplesmente pendurado na ponta de uma arma.

E estava tudo indo perfeitamente bem, até que a terra tremeu.

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Por Allec Ribeiro às [10:56 PM]


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